Uma vida inteira me construindo para ser minha
E você vem e diz: sua
Minha, minha, infinitamente minha
Uma vida inteira dizendo que não dele, nem dela
Mas minha
Uma vida inteira dizendo que sou de ninguém
Sem nossos ou nossas
Cultivando em silêncio o possessivo meu.
Não dele,
Nunca dele.
Minha!
Mas sou
Minha, minha, inexoravelmente minha
Tão minha, tão livre
Para ser – na beleza do que é você –
Sua.